Mirren e McKellen, duas personalidades conhecidas pela versatilidade. Os nomes exercem fascínio no espectador. Ver ambos em cena é sempre uma grata surpresa. Em A Grande Mentira a dupla alterna momentos de protagonismo e domina seus respectivos personagens. No primeiro ato do longa Ian McKellen apresenta ao público um personagem dúbio que vive de golpes. Ao marcar um encontro em um site virtual, Roy conhece Betty e logo formam um casal. A dupla de protagonistas vê um no outro, mais do que a companhia, um acalento para os dias solitários. O espectador sabe que Roy engana Betty desde o primeiro momento. Apesar de o filme focar boa parte no estudo de personagem e no protagonismo de Ian, Helen rouba a cena deixando o público atento aos mínimos detalhes.
O diretor Bill Condon trabalha a atmosfera gerando o suspense necessário principalmente no terceiro ato em que algumas reviravoltas surgem e prendem o espectador. Não existe pressa ao conduzir a trama. Bill deixa nas mãos dos atores o jogo de aparências e explora o close nos olhares e nas atitudes que movem os arcos dos personagens. Em determinada cena onde o espectador acredita que o casal está em sintonia, Bill os posiciona um em cada cômodo da casa com uma parede os separando. Uma cena que demonstra a sutileza ao explorar nas entrelinhas que apesar de estarem juntos existe algo que os separa. Outro elemento narrativo que intensifica a atmosfera de suspense é a trilha sonora. O elemento surge em momentos de tensão reforçando a intensidade das ações dos protagonistas.
Bill Condon deixa os atores conduzirem a trama por completo. A dualidade está presente em Ian e Helen. Por mais transparente que o roteiro seja ao explorar Roy como uma pessoa de índole duvidosa, o ator apresenta camadas para o personagem no decorrer dos atos. Se existe uma transparência de um lado, do outro existe a carência de Helen. Ao dar vida a Betty, a atriz faz o espectador se questionar sobre a conduta da personagem. Ela seria tão ingênua assim a ponto de acreditar em tudo que Roy diz. No decorrer da trama o espectador percebe que algo será revelado e a atriz domina o terceiro ato de forma competente. Segredos ganham uma proporção maior do que realmente fora sugerido nos dois primeiros atos. O suspense ganha a tela pelo trabalho da atriz em apresentar frieza perante acontecimentos tão dolorosos.
O diretor Bill Condon trabalha a atmosfera gerando o suspense necessário principalmente no terceiro ato em que algumas reviravoltas surgem e prendem o espectador. Não existe pressa ao conduzir a trama. Bill deixa nas mãos dos atores o jogo de aparências e explora o close nos olhares e nas atitudes que movem os arcos dos personagens. Em determinada cena onde o espectador acredita que o casal está em sintonia, Bill os posiciona um em cada cômodo da casa com uma parede os separando. Uma cena que demonstra a sutileza ao explorar nas entrelinhas que apesar de estarem juntos existe algo que os separa. Outro elemento narrativo que intensifica a atmosfera de suspense é a trilha sonora. O elemento surge em momentos de tensão reforçando a intensidade das ações dos protagonistas.
Bill Condon deixa os atores conduzirem a trama por completo. A dualidade está presente em Ian e Helen. Por mais transparente que o roteiro seja ao explorar Roy como uma pessoa de índole duvidosa, o ator apresenta camadas para o personagem no decorrer dos atos. Se existe uma transparência de um lado, do outro existe a carência de Helen. Ao dar vida a Betty, a atriz faz o espectador se questionar sobre a conduta da personagem. Ela seria tão ingênua assim a ponto de acreditar em tudo que Roy diz. No decorrer da trama o espectador percebe que algo será revelado e a atriz domina o terceiro ato de forma competente. Segredos ganham uma proporção maior do que realmente fora sugerido nos dois primeiros atos. O suspense ganha a tela pelo trabalho da atriz em apresentar frieza perante acontecimentos tão dolorosos.
A Grande Mentira convida o espectador a montar um quebra-cabeças visando superar traumas passados na vida dos personagens. Questionamentos são levantados sobre momentos marcantes dos protagonistas em plena segunda guerra mundial. Atos são tomados movidos por desespero ou seria pela falta de caráter do protagonista? Até que ponto você iria para fazer justiça ? Apesar de um núcleo específico não ter muita relevância no decorrer da trama, o filme ganha o espectador não somente por explorar reviravoltas inesperadas e surpreendentes, como também proporciona ao público o domínio de cena de atores competentes fazendo arte.
Comentários