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Mostrando postagens de dezembro 29, 2019

Pura versatilidade (Poderia me Perdoar?)

Melissa McCarthy precisava somente de um papel que a fizesse sair do estereótipo que Hollywood insiste em rotular certos atores. A atriz possui uma veia cômica marcante, mas em Poderia Me Perdoar?,  Melissa vai além e mostra ao espectador uma protagonista melancólica. Da mesma forma com que Melissa atrai o olhar do público para o humor, a atriz consegue envolver o espectador neste drama. A trama foca na cinebiografia de Lee Israel, uma jornalista que teve seus anos de reconhecimento e que vive no ostracismo. Com uma antipatia e sinceridade fora do comum, Lee não consegue com que Marjore publique seus livros. A oportunidade aparece quando a protagonista começa a forjar cartas de escritores mortos. A criatividade de Lee a faz escrever cada vez mais em nome dos falecidos. O crime dá certo e as coisas parecem finalmente entrar nos eixos na vida da protagonista.  São vários elementos que fazem do longa uma verdadeira pérola da sétima arte. Um dos aspectos que auxiliam no arco da p

Quando o ego é o lado negro da força (Star Wars: A Ascensão Skywalker)

Quando J.J. Abrams deu início ao que seria uma trilogia dirigida com uma visão totalmente própria, o diretor não contava que seria substituído por Rian Johnson no segundo longa. Os rumos foram modificados no meio do caminho, mas o lado forte da força sempre falou mais alto após Os Últimos Jedi: o apelo dos fãs moveria o desfecho da Saga. No primeiro longa, O Despertar da Força, J.J. entregou o que os fãs queriam: um trio de protagonistas e um jovem tomado pelo lado negro da força. Em 2015, uma boa parte dos fãs não aceitou muito bem o protagonismo de uma mulher. A protagonista era o que a franquia necessitava para seguir os rumos tomados pela indústria na questão do empoderamento feminino. Apesar da reação negativa, J.J. resgatou o imaginário dos fãs com o retorno de personagens clássicos. Praticamente todos voltaram e o arco da jovem Rey cresceu. O primeiro filme da nova Saga teve uma aprovação de 83% no Rotten Tomatoes. Fãs parcialmente satisfeitos. Em 2017, J.J. deixa a dir

A humanidade e o nome (O Caso de Richard Jewell)

Clint Eastwood é um diretor que explora ao máximo a humanidade dos personagens em sua filmografia. Em O Caso de Richard Jewell não seria diferente. O diretor opta por evidenciar ao máximo a personalidade do protagonista. Richard mora com a mãe e trabalha em um almoxarifado. O tempo passa e ele consegue um emprego como segurança na parte voltada para o entretenimento nos jogos olímpicos de Atlanta. O olhar atento de Richard percebe uma mochila suspeita em baixo de um banco. O local está repleto de pessoas e ao avisar a polícia, o protagonista consegue não somente evitar a morte de várias pessoas, como torna-se um verdadeiro herói. Se Richard não avisasse sobre a bomba o estrago teria proporções avassaladoras. O olhar de Clint ressalta a transição do protagonista de herói em vilão. Toda a tensão é transmitida para o espectador.  O roteiro de Billy Ray auxilia no olhar terno de Clint ao explorar a humanidade de Richard durante os atos na narrativa. O foco é em uma falsa passividad