Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro 13, 2019

Realidade e sensibilidade (Sócrates)

Sócrates acorda como todas as manhãs em uma rotina diária e percebe que a mãe não esboça nenhum movimento quando o jovem a chama. O pior acontece e a mãe falece deixando o protagonista desamparado sem rumos na vida. Ao longo dos atos o espectador acompanha a luta de Sócrates para tentar buscar um pouco de dignidade na vida após a morte da mãe. No começo do longa é exibido um aviso que os atores são de uma comunidade e muitos fazem o primeiro trabalho. É nítido durante todo o filme a naturalidade nas atuações e como Alex Moratto faz questão de captar o misto de crueldade e naturalismo nas telas.  A primeira cena da morte da mãe já ambienta o espectador na atmosfera de sofrimento do protagonista. A juventude move Sócrates de um lugar para o outro em busca de emprego. O tão sonhado primeiro emprego é uma sucessão angustiante de negativas e portas fechadas para o jovem. A pressão da dona do local é constante e Sócrates se vê em um beco sem saída. O roteiro de Alex Moratto é direto

Dores, desejos e despedidas (Greta)

O longa metragem Greta é uma adaptação da peça teatral, Greta Gargo, quem diria, acabou no Irajá, de Fernando Melo. O filme de Armando Praça explora uma contemplação nos acontecimentos da trama que se aproxima da linguagem teatral, o que envolve por completo o espectador. Marco Nanini vive Pedro, um enfermeiro que precisa achar um leito no hospital para ajudar a amiga Daniela. O protagonista consegue o leito, a questão é que a amiga não quer ficar na ala masculina. Daniela é transexual e prefere morrer em casa a ficar em uma ala que não é a destinada para ela. O protagonista consegue um local, pois leva para casa o enfermo Jean. Jean matou um homem e é foragido da polícia. E, assim, o espectador conhece os conflitos internos dos três protagonistas: Pedro, Daniela e Jean.  O roteiro também assinado por Armando Praça que explora o arco do trio de personagem de forma leve mais ao mesmo tempo crua. São frases diretas que saem da boca dos personagens como se fossem fechas que acerta