Belfast é um filme tão lindo, mas tão lindo, que o espectador acaba por focar somente na estética e não consegue apreciar os demais elementos narrativos. O projeto semibiográfico de Kenneth Branagh é realizado com tamanha paixão que o diretor e roteirista apresenta domínio técnico em vários momentos, porém, o viés pessoal não é registrado pelas câmeras. Tudo está no devido lugar: diversidade de enquadramentos para expressar as angústias do pequeno Buddy; a mise-em-scène que reforça o isolamento de Ma; os closes nos avós ressaltando ao máximo o trabalho dos veteranos e a fotografia em preto e branco que deveria aproximar o espectador das emoções dos personagens. Tudo parece tão esquematizado que os sentimentos desaparecem por completo. Em uma cena emblemática a inocência do pequeno Buddy é perdida quando ele é inserido no confronto entre católicos e protestantes. O mesmo escudo que faz a imaginação do protagonista ir longe achando que brinca em uma batalha serve de proteção d...
Meu primeiro olhar sobre a sétima arte!!! Todas as imagens utilizadas são do site adoro cinema e google.