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Mostrando postagens de outubro 27, 2019

Um clássico imortal para o espectador (O Iluminado)

Stanley Kubrick foi um diretor visionário e extremamente versátil. Após realizar Barry Lyndon, Kubrick adaptou o terror de Stephen King, O Iluminado. Com o lançamento do filme na década de 80, o público foi surpreendido por um terror psicológico com foco na gradação da loucura de Jack Nicholson. Na trama, Jack Torrance é convidado para cuidar de um hotel enquanto fica isolado do mundo para escrever um livro. O protagonista passa meses sem contato externo e a atmosfera gélida logo começa a afetar o relacionamento com a família. Já no primeiro ato o espectador sabe que o pequeno Danny tem como companhia um amigo imaginário. Na realidade a criança possui um comportamento catatônico, o pequeno constantemente entra em transe quando é atormentado por visões sobre acontecimentos estranhos com antigos hóspedes do hotel. Ao longo dos atos o espectador acompanha a degradação emocional da família Torrance. Kubrick sempre foi conhecido por ser um diretor perfeccionista. Para que o terror

Vale minimizar o masculino por uma causa? (O exterminador do futuro : destino sombrio)

A retomada da franquia focada no protagonismo feminino não é bem uma novidade em Hollywood. Seria ótimo se Exterminador do Futuro: Destino Sombrio fosse somente protagonizado por Linda Hamilton. Acredito piamente que a personagem conseguiria derrotar um novo modelo de exterminador facilmente e o filme seria mais específico e direto. Além de Sarah Connor, a verdadeira protagonista dois primeiros filmes, as demais personagens femininas surgem para movimentar a trama e proporcionar uma reviravolta desnecessária, porém plausível para este capítulo final.  Na trama Dani Ramos é uma jovem mexicana que perde a família sem ao menos saber o motivo. Grace, um ser humano evoluído, surge do futuro para salvá -la e, assim, evitar o extermínio da humanidade. Nenhuma novidade. Pois então, o capítulo final resgata não somente Sarah Connor como também toda a premissa abordada nos dois primeiros filmes da franquia. Não há como negar que a presença de Dani modifica aspectos importantes do passado

Entre a essência e a modernidade (A Família Addams)

Os personagens mais excêntricos do cinema ganham uma versão animada com um elenco de peso. O espectador de outras gerações ainda mantém no imaginário os filmes estrelados por Raúl Julia e Angelica Huston. Um elenco que marcou pela exatidão com que os atores interpretaram os respectivos papéis. Agora, as novas gerações têm como atores Charlize Theron e Oscar Isaac. A trama gira em torno da dificuldade de adaptação da família em manter um local para morar. Quando a população da região sabe da existência de pessoas com hábitos tão estranhos, logo fazem de tudo para expulsá-los. Os traços dos personagens estão mais finos, porém as características de cada um permanecem. Durante todo o filme todos mostram excentricidades particulares. Os pais com hábitos nada normais, como morar em um manicômio abandonado e os filhos que brincam de tentar matar um ao outro a todo instante. As subtramas são exploradas de forma equilibrada, assim o espectador não sente cansaço entre os atos. Os pais vi

A moral que move a personagem (Segredos Oficiais)

Segredos Oficiais explora a vida de uma simples tradutora Katherine Gun. A personagem trabalha há dois anos no departamento da Agência de Segurança Nacional. Ao receber um memorando secreto, a personagem enfrenta um dilema que pode envolver não somente a permanência no emprego, como também expor seis países com relação a invasão no Iraque. O documento prova que os países estavam sofrendo pressão para apoiar a invasão. Katherine decide entregar uma cópia do documento para uma conhecida que vaza a informação na imprensa. Após o vazamento, a vida da personagem vira um tormento psicológico.  O roteiro assinado pelo diretor do longa Gavin Hood explora os momentos tensos vividos pela personagem ao vazar o documento para a imprensa. Existe no filme um balanço e equilíbrio dentro do roteiro sobre as consequências do vazamento. Todas as ações possuem o tempo necessário para serem exploradas com o intuito de prender a atenção do espectador. O resultado é o aumento da tensão na trama é a

Uma Nova Geração move Hollywood (A Luz no Fim do Mundo)

Tramas distópicas revelam muito sobre o ser humano em situações extremas. A atmosfera é intimista e ressalta conflitos internos dos personagens. Podemos encontrar tais aspectos em A Luz no Fim do Mundo. Na trama,   Casey Affleck perde a mulher e precisa cuidar da filha sozinho em um mundo sem muitas possibilidades para ela. O espectador acompanha a luta pela sobrevivência de pai e filha. A fuga é constante, pois quando a pequena Rag era bebê sua mãe foi foi vítima de uma pandemia que atingia somente mulheres. Após um longo período, Rag se passa por menino para evitar transtornos. A menina cresce e deseja descobrir não só o mundo, mas também a necessidade de ter um lar.  Casey Affleck é responsável por praticamente todas as vertentes do longa. O roteiro assinado pelo ator explora ao máximo a relação entre pai e filha. O pouco contato que Rag tem do mundo é assimilado pelos livros que a jovem consegue em abrigos isolados e pelas histórias um tanto quanto infantis que o pai cont