No filme de Todd Field a ausência de Cate Blanchett é evidente e quem surge é Lydia Tár. A atriz literalmente deixa a protagonista tomar conta da narrativa. Poucas conseguem o que Cate realiza no longa. A composição da protagonista é similar a de uma partitura. A atriz apresenta nuances de forma linear, como a frieza e arrogância da protagonista, para, posteriormente, o espectador entrar na partitura por completo, quando Lydia perde o controle por conta da avalanche de comentários e manifestações que retratam a cultura do cancelamento. A firmeza e entrega de Cate é intensa e contida por conta da frieza e forma como Tár trata todos ao seu redor. À medida que Cate perde o controle, a frieza ainda persiste ou seria arrogância? Talvez pelo fato de ter que enfrentar o preconceito em um meio dominado por homens e também por ser lésbica. O estudo é tamanho que pequenos detalhes, como dois toques no nariz, evidenciam o TOC que a protagonista tenta controlar entre um comprimido...
Meu primeiro olhar sobre a sétima arte!!! Todas as imagens utilizadas são do site adoro cinema e google.