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Mostrando postagens de fevereiro 25, 2018

Intensidade por duas horas (Mudbound -Lágrimas Sobre o Mississippi)

A Segunda Guerra Mundial, o papel da mulher na sociedade, o estress pós-traumático e conflitos familiares. Mudboun-Lágrimas Sobre o Mississippi oborda temáticas importantes para o contexto histórico proposto entrelaçando os arcos dos protagonistas. A trama explora o ponto de vista de vários personagens os transformando em protagonistas. Todos possuem contexto relevantes para movimentar a trama e trazer o espectador para dentro da narrattiva. A dramaticidade liga os protagonistas pela narração em off. O elemento narrativo que poderia proporcionar um ritmo mais arrastado para a narrativa provoca o efeito contrário e faz o espectador ter empatia e sofrer em cada momento junto dos protagonistas. O arco dos personagens impressiona pela qualidade do roteiro de Virgil Willians e Dee Rees que aproxima constantemente o espectador do drama vivido por duas famílias que alternam momentos preciosos de alegrias e tristezas. Apesar do filme por diversas vezes explorar com exagero a dramatici

Um avanço puramente vazio (Motorrad)

O diretor Vicente Amorim possui poucos filmes no currículo, mas consegue entre um trabalho e outro uma interessante alternância de gêneros. O grande trunfo de seu recente trabalho é elevar o cinema nacional para um patamar diferenciado: o gênero de terror. Esse feito merece créditos por ressaltar que o Brasil consegue fugir do padrão globo filmes e de comédias que beiram o ridículo. Motorrad avança em um terreno dominado por filmes vazios que visam somente o lucro. Louvável pelo risco e ausadia em fornecer ao público uma narrativa diferenciada. Ser um ponto fora da curva é importante para a imagem do nosso cinema no exterior, mas o filme é igualmente importante quando atinge o espectador brasileiro sedento de novas experiências. O primeiro ato de Motorad é envolvente e demonstra força no silêncio. São quase dez minutos com o trio de personagens imersos na ausência de diálogos. Somente o olhar e ações os motivam. A fotografia com paletas escuras reforça a atmosfera tensa e

Um filme de tentativas (Operação Red Sparrow)

Jennifer Lawrence. O nome é forte em Hollywood e após algumas personagens voltadas para mulheres determinadas e guerreiras, a atriz vive em Operação Red Sparrow um viés sensual e fatal. Seria o melhor momento para a atriz diversificar e tomar novos rumos para a carreira? Seria...mas resultado decepciona. Muito pela direção equivocada de Francis Lawrence que explora o corpo da atriz de forma gratuita provocando o distanciamento do espectador da narrativa. Muitos pontos fora da curva, ou melhor, duas horas e meia de pontos soltos e o filme parece não ter fim. Em Operação Red Sparrow a Guerra Fria é o pano de fundo da trama, mas frio mesmo está boa parte o elenco. Não existe química entre o casal de protagonistas. Diversas cenas são descartáveis, inclusive, todo o arco do romance poderia ser facilmente retirado sem prejudicar o contexto proposto. Dominika Egorova e Nate Nash estão em lados opostos. Representam potências opostas. O suspense gerado pelo romance poderia envolver aos