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Mostrando postagens de janeiro 19, 2020

Ele nunca esteve só (1917)

Ele nunca esteve só. O jovem soldado Schofield é convocado para uma missão: evitar o ataque com mais de 1600 soldados. Para que a missão seja realizada com êxito, ele precisa atravessar em pouco tempo o território inimigo. A trama de 1917 é ambientada na Primeira Guerra Mundial e o principal inimigo são os alemães. Até determinado momento, Schofield tem como companheiro de missão o jovem Lance Blake. Blake possui uma motivação maior para atravessar o território inimigo e evitar o ataque. Seu irmão mais velho está no batalhão. Como a dupla corre principalmente contra o tempo, o diretor Sam Mendes opta pelo plano-sequência para provocar a sensação de urgência e imersão no espectador.  Ele nunca esteve só. Como o objetivo principal de 1917 é o envolvimento total do espectador, o jovem Lance tem como companhia a câmera de Sam Mendes e a fotografia inspirada de Rogers Deakins, ambas proporcionam intensidade a cada momento do protagonista até a entrega da carta para o General Erinm

Quando o trem perde a força (Um Lindo Dia na Vizinhança)

Um Lindo Dia na Vizinhança é baseado em um artigo escrito por Tom Junod, jornalista investigativo que reluta em escrever um perfil sobre o apresentador de programa infantil Fred Rogers. Tom trabalha para a revista Esquire e é conhecido por ser implacável com as palavras. Tom aceita o desafio e no meio do caminho ele estabelece uma bela amizade com o apresentador. A trama é centrada no arco de Matthew Rhys e como o protagonista precisa aos poucos lidar com os conflitos internos de Tom. O ator entre os atos intensifica o olhar melancólico e resistência ao criar laços afetivos com a figura paterna. Apesar de o protagonismo ser de Matthew quem rouba o filme para si é Tom Hanks. O ator abraça a figura de Rogers com tamanho comprometimento que é impossível ver outro ator interpretando o personagem. São trejeitos e uma voz com o timbre tão suave que transparece toda a paz que o verdadeiro Fred tinha ao cativar inúmeras crianças. Não é à toa que a primeira cena é a abertura do programa

Uma narrativa cômica (A Possessão de Mary)

Podemos esperar algo interessante de uma premissa já conhecida do espectador? Claro, se os elementos narrativos forem trabalhados de forma coerente e criativa, sempre vale a pena assistir algo que em um primeiro momento pode sugerir previsibilidade. O gênero ganhou força justamente por se reinventar. Filmes de possessão existem aos montes, praticamente todo ano estreia um voltado para essa temática. A Possessão de Mary é o filme da vez que abraça a premissa e consegue alcançar um único objetivo: fazer rir. Na trama Gary Oldman  vive David que simplesmente sente uma atração inexplicável por um barco e decide comprá-lo para investir em algo pensando no futuro da família. Com essas palavras ele justifica a compra para a esposa Sarah. E assim, o roteiro é repleto de frases soltas que convergem para a falta de desenvolvimento do arco dos personagens. Não bastasse a falta de coerência entre as ações que movem a trama e a maldição instaurada no barco, personagens retornam somente par