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Mostrando postagens de novembro 12, 2017

Liberdade e autoria para a DC (Liga da Justiça)

Com Mulher-Maravilha a DC ganhou uma nova perspectiva para recomeçar e ajustar o tom dos filmes futuros na Warner. Até o momento e pelas cenas pós-créditos de Liga da Justiça (fique até o finalzinho dos créditos), o que podemos ter são filmes independentes que podem interligar pontos  proporcionando mais liberdade e autoria para os diretores. Ter os heróis juntos é mais um deleite para os fãs que aguardaram o surgimento da Liga nos cinemas. Gal Gadot ganhou destaque após o filme-solo e Batman de Ben Affleck foi um dos acertos de Batman Vs Superman. Começar o filme com o foco nos dois heróis demonstra a liderança alternada de ambos no comando da Liga. Mas precisava? Seria melhor ganhar tempo na trama com personagens novos. O filme nitidamente alterna os tons e o espectador consegue perceber até a metade do segundo ato a autoria de Zack Snyder. O foco na temática central é explorar ao máximo a dor da morte de Superman. O luto de Martha e Loise, Batman visualmente mais angustiado

A vida constantemente ameaçada (Human Flow: Não Existe Lar se Não há para Onde Ir)

O Poder do documentário Human Flow: Não Existe Lar Se Não Há Para Onde Ir está nas imagens. O diretor Ai Weiwei percorreu durante um ano 23 países para explorar e demonstrar em um tom poético a vida ou para utilizar uma palavra mais apropriada, a sobrevivência. O filme foca em famílias que buscam um pouco de esperança nos constantes deslocamentos fugindo de guerras, fome e perseguições políticas.  As imagens refletem um ritmo lento para que o espectador compreenda o quanto é penoso o deslocamento e o trageto percorrido pelos refugiados. Os planos gerais são essenciais para ter a dimensão do local e as conduções precárias em que as famílias são submetidas. A falta de recursos básicos contrasta com belas imagens do oceano que dia após dia transporta pessoas em busca de uma vida melhor. A dualidade presente nas imagens é reforçada pela beleza presente nos trechos de poetas que proporcionam ao documentário uma leveza passageira.  Ai Weiwei por diversos momentos se torna coadju

O predador e o animal espectador (Terra Selvagem)

Um protagonista que guarda para si uma dor devastadora. O seu trabalho consiste em caçar predadores, e assim, Terra Selvagem envolve o espectador em torno de duas subtramas: a dor da perda e o jogo da natureza pela sobrevivência. Durante todo o filme, somos inseridos no contexto detalhado dessas temáticas, para que aos poucos o roteiro explore de forma sensível e em tom de denúncia o que realmente a trama quer focar: a luta dos nativos/indígenas por direitos e dignidade.  O roteiro de Taylor Sheridan foca principalmente no protagonista vivido por Jeremy Renner. A profissão de Cory Lambert move a trama. O caçador sempre certeiro auxilia a pequena população ao impedir que predadores matem ovelhas e outros animais. Após a morte de uma jovem, Sheridan explora esse contexto de forma sensível e crua trazendo o espectador para dentro da trama de forma emocional. A jovem não tinha como se desvencilhar da situação e como uma ovelha acoada sabia ao certo seu triste desfecho. Correr