Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março 18, 2018

Empolgação somente entre dois atos (Círculo de Fogo : A Revolta)

Empolgação. A palavra que define o filme de Guilhermo del Toro. Círculo de Fogo tinha uma trama envolvente que prendia o espectador. Eis que surge Círculo de Fogo : A Revolta e a palavra perde o sentido no meio do caminho. John Boyega quer se desprender do passado e vive de pequenos golpes. Tenta esquecer o legado do pai, mas uma missão o coloca em uma posição semelhante a de Staker Pentecost: tentar salvar a terra. O primeiro ato da trama possui o ritmo acelerado com uma edição frenética. Jake surge em cena e a presença de Boyega segura boa parte do filme. Quando o protagonista encontra a adolescente Amara, a química se faz presente. A empolgação deixa a tela quando os personagens ficam distantes. O roteiro gera conveniências. O plot twist demora para acontecer e o espectador retoma ao contexto proposto tarde demais.  A direção firme de Steven S. DeKnight pode ser sentida no primeiro e terceiro atos. Todo o segundo ato consiste em tentar explorar subtramas com personage

O poder dos coadjuvantes (Maria Madalena)

Um estudo de personagem feminino. A chegada de Jesus Cristo em Jerusalém sob a ótica de uma protagonista que sempre ganhou o viés coadjuvante, mas pelo olhar de Garth Davis torna-se dona da própria tragetória. O espectador acompanha as angústias de Maria e sua família para tentar compreender o que está acontecendo com a jovem. Destinada ao casamento, Maria sente que possui outro caminho. Um destino diferenciado das demais mulheres. A família acredita que Maria está possuída e um "curandeiro" vai ao seu encontro. O curandeiro é Jesus e a partir daquele momento a protagonista sente que precisa fazer algo diferente. Não quer seguir os passos de toda mulher, ela quer seguir o Messias.   Após ver Jesus fazer um milagre, Maria sente um forte chamado para seguí-lo. O apóstolo Pedro é a voz da razão e sempre enfatiza que a protagonista está dificultando os caminhos destinados aos seguidores do Messias. Mesmo com forte resistência dos demais, Jesus aceita a companhia de Mari