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Mostrando postagens de março 1, 2020

O espectador possui a resposta (Uma vida oculta)

De tempos em tempos diretores autorais abordam temáticas voltadas para a Segunda Guerra Mundial. Foi assim com Spielberg, no tocante drama A Lista de Schindler. Já Tarantino incendiou um cinema com uma plateia repleta de nazistas, incluindo Adolf Hitler, em Bastárdos Inglórios. Recentemente, Waititi apresentou o pequeno protagonista Jojo com um humor peculiar. E, agora, Malick aborda o tema de uma forma terna e poética. Em Uma Vida Oculta, a harmonia é a protagonista, porém tudo ganha um viés diferenciado quando Franz é recrutado para se alistar nas tropas nazistas. Após a recusa, o protagonista é condenado por trair a pátria. O foco de Malick é o estudo de personagem de Franz. O diretor sabiamente explora ao máximo no primeiro ato a relação afetiva do casal para, posteriormente, gerar o conflito entre ambos. O roteiro instiga a reflexão do público ressaltando o cunho filosófico e religioso. Não é à toa que o diretor traça um paralelo entre o protagonista e o martírio de Jesu

Certeiro na emoção do espectador (Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica)

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica foca em uma temática universal : a tentativa de superar o luto. O jovem elfo Ian faz dezesseis anos e como presente de aniversário ganha uma espécie de cajado com poderes mágicos. O objeto pode trazer o pai de volta por um dia. Como o protagonista perdeu o pai bem pequenino, Ian quase não possui lembranças dele. A jornada do título é a trajetória dos irmãos para desvendarem algumas pistas e conseguirem rever o pai. Ian é tímido e sempre se sabota. Barley é o irmão mais velho que sabe tudo de magia, mas como a intenção do pai é a união dos irmãos, Ian precisa da ajuda de Barley para concluir a jornada de auto conhecimento. Existe uma química que funciona entre a dupla Tom Holland e Chris Pratt. A energia e empolgação no timbre de voz dos atores contribuem para que a animação não perca o ritmo. Se por um lado essa empolgação mantém a imersão do espectador, por outro lado o timbre de ambos é muito próximo. Em vários momentos o público não conseg

Temáticas intensas e necessárias (Dilili em Paris)

Dilili é uma jovem claramente a frente de seu tempo. Ela necessita de conhecimento e o mais importante: não possui preconceitos. A pequena protagonista, após ser uma peça de exibição em Paris, sim, ela fica junto de algumas pessoas da mesma nacionalidade, como se fosse uma espécie rara em extinção. Por determinado momento, Dilili permanece em um local específico para a "apreciação" dos turistas que visitam o lugar. A primeira cena já causa impacto no espectador e além de todo conhecimento que Dilili absorve ao longo da animação, o público permanece atento aos passos da protagonista para desvendar o sequestro de várias jovens. Claro, Dilili também se torna um alvo vulnerável para os mestres do mal.  Algumas referências podem ser vistas na animação ao longo dos atos. A À medida que Dilili tenta desvendar o sequestro das jovens, ela conhece várias personalidades marcantes. Meia-Noite em Paris vem em mente a cada cena em que a protagonista anota pistas sobre o grupo de se