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Mostrando postagens de maio 23, 2021

Um suspense na superfície (A Mulher na Janela)

A Mulher na Janela é um suspense repleto de boas intenções. Aqui, todas são desperdiçadas, ou melhor, quase todas, pois  Amy Adams  faz o que pode com Anna Fox, uma psicóloga infantil, que sofre de agorafobia. Por conta do transtorno, a protagonista, entre uma garrafa e outra de vinho, observa a família Russell, que acabou de mudar para o outro lado da rua. O roteiro explora o que Anna observa e ao mesmo tempo instiga o espectador a refletir se tudo não passa de fruto da sua imaginação. A primeira boa intenção que se perde no decorrer da narrativa é a do roteirista Tracy Letts, que no primeiro ato consegue envolver o espectador, porém, nos demais adiciona soluções fáceis e desperdiça o talento de um grande elenco ao não explorar as camadas dos coadjuvantes. Às homenagens são claras ao mestre do suspense Alfred Hitchcock que também são desperdiçadas com cortes abruptos na montagem. O fato de o espectador ser os olhos de Anna poderia ser uma motivação e tanto para intensificar a atmosfer