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Mostrando postagens de outubro 17, 2021

Cópia ou Homenagem? (Um clássico filme de terror)

Realizar um filme que pretende homenagear alguns clássicos do terror e proporcionar ao espectador um plot twist, no mínimo, questionável. Essa é a premissa de Um Clássico Filme de Terror que explora ao máximo pontos que já foram revisitados do gênero. Um grupo de jovens perdidos em uma "floresta" à mercê de uma seita que "recruta" vítimas para sacrifícios mortais. Já na sinopse podemos identificar três referências: O clássico, O Homem de Palha (1973), Midsommar (2019), que claramente buscou inspiração no primeiro e O Massacre da Serra Elétrica (1974), ou seja, um ciclo sem fim de homenagens que nos guiará...ops, O Rei Leão. Ari Aster  intensificou pontos explorados no clássico, porém, a autoria move a narrativa como um todo. Já Roberto de Feo e Paolo Strippoli tentam proporcionar ao longa uma roupagem conhecida dos fãs do gênero, porém, com um pé, ou melhor, o corpo todo no deboche. O que nos faz refletir sobre a importância das homenagens e como explorá-las sem tra

O clássico da sessão da tarde (Dirty Dancing)

Quando assiti ao filme Dirty Dancing pela primeira vez eu era pura empolgação única e exclusivamente pela trilha sonora. O longa possui um trilha certeira que embala o romance dos protagonistas. O elemento narrativo é focado em três vertentes: o núcleo de dança onde os funcionários do resort ficam depois de trabalharam durante o dia, outra para embalar o romance do casal de protagonista e uma trilha especialmente selecionada para os conflitos dos coadjuvantes com Baby. Músicas que marcaram a década de 1980 e que impulsionaram o público para conferir a narrativa. Músicas como Time of My Life, Be My Baby, Hungrey Eyes embalaram não somente Baby e Johnny, como também o espectador que poderia não dar a devida importância para as temáticas relevantes que o roteiro explorava. Meu primeiro contato com o longa foi exatamente com esse propósito: aproveitar a trilha. Porém, ao rever com maturidade é inevitável destacar que Dirty Dancing proporciona simplicidade e leveza ao mesmo tempo em que abo

Refém da autoria (Duna)

Com A Chegada e Blade Runner 2049 , Denis Villeneuve surgia como forte candidato para dirigir Duna. Ao realizar filmes do gênero ficção científica, o diretor foi a escolha da Warner para adaptar o livro de Frank Herbert. Mas será que a escolha foi apropriada? Sim e Não. A Warner é conhecida por proporcionar liberdade para os diretores e em Duna a autoria de Villeneuve está em cada cena. O que é ótimo para quem é familiarizado com o peso da atmosfera criada pelo diretor. O lado positivo é termos um diretor autoral em um filme comercial. E o lado negativo é justamente a autoria que pode afastar boa parte do espectador podendo não sair do primeiro projeto. Infelizmente, cinema é um produto, se esse não gerar lucro, a sequência não ganha vida. Adaptar Duna é extremamente complexo pela quantidade de personagens e todo o universo criado por Herbert. Villeneuve também é roteirista, o que demonstra o cuidado que o diretor teve com o filme como um todo. Domínio não somente na direção como na es