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Mostrando postagens de novembro 3, 2019

O primeiro game: autoria (Invasão a Casa Branca)

Sabe aquele game que você está esperando um tempo para o lançamento? Enquanto você aguarda e economiza para comprá-lo, uma solução interessante é conferir um filme muito próximo esteticamente dos games voltados para console: Invasão a Casa Branca. Temos o herói interpretado por Gerard Butler que coloca sua vida em risco a cada ato e sofre basicamente um arranhão. Os vilões são terroristas norte- coreanos e o alvo é o presidente dos Estados Unidos. Com os personagens nos devidos estereótipos é a autoria de Antoine Fuqua que fecha o pacote para a aura dos games atuais. A direção de Antoine eleva consideravelmente a qualidade da ação do filme. Durante os atos e com o auxílio da montagem o diretor transforma a trama em fases de um game. Logo no primeiro ato a tensão toma conta da trama com a morte da primeira dama em um acidente de carro. Após dezoito meses realizando trabalhos burocráticos Mike vê a Casa Branca ser alvo de um ataque terrorista e o presidente é feito de refém com a

Comédia que reforça preconceitos (Bate Coração)

Bate Coração transmite uma mensagem importante: a doação de órgãos. Acontece que durante os atos às subtramas que poderiam quebrar estereótipos apenas os ressalta de forma caricata e desrespeitosa. Objetivar a figura feminina nos dias atuais? Vale confundir o tom cômico com puro machismo? São algumas das temáticas equivocadas do filme. Em Bate Coração Sandro recebe o coração de Isadora. Tudo volta ao normal, mas Sandro começa a desenvolver um olhar feminino mais apurado. Isso porque Isadora não somente se vestia de mulher como também se sentia mulher. Ao longo dos atos o protagonista reflete sobre os pensamentos preconceituosos que o moveram durante boa parte da trama, mesmo que por segundos, e assim, consegue perceber que a vida lhe deu uma segunda chance. O roteiro escrito também pelo diretor Glauber Filho reforça estereótipos, seja no núcleo de Isadora, ou no núcleo de Sandro. O personagem Igor reforça a comicidade na trama de uma forma totalmente equivocada. O personagem re

Autoria que alcança a memória afetiva (Doutor Sono)

O diretor Mike Flanagan tinha uma tarefa extremamente difícil nas mãos: fazer uma continuação direta do clássico, O Iluminado , de Stanley Kubrick. Mais do que a continuação, o diretor precisa imprimir autoria e, se desejasse, com toques de nostalgia. Pois Flanagan vai além nos dois quesitos: mostra ao espectador que domina como poucos o gênero e entrega a nostalgia que os fãs, sempre exigentes de Kubrick, tanto aguardavam. A trama foca nos acontecimentos que sucederam os eventos no hotel Overloock. O pequeno Danny cresceu e tornou-se um adulto que carregou por décadas a sombra do pai. O protagonista não carregou somente os traumas, como também o vício de Jack Torrance. Danny acorda constantemente de ressaca. Ao perder tudo e em uma fuga do passado, o protagonista encontra no amigo, ou como ele mesmo faz questão de enfatizar, no único amigo Billy Freeman, um motivo para continuar. Ele passa a frequentar regularmente um grupo de alcoólicos anônimos e trabalha como enfermeiro em