Ana, Abigail e Sarah. Três mulheres fortes. Três atrizes inspiradas que movem a trama. A Rainha, a Duquesa e uma reles mortal. A trama de A Favorita gira em torno do triângulo amoroso das protagonistas e retrata especialmente o jogo de poder entre Rachel Weisz e Emma Stone para conquistar a confiança de Ana e serem finalmente escolhidas como a favorita. O filme chega com forças para o Oscar. Dez indicações merecidas, pois além das atuações, o filme é de um requinte técnico que instiga o espectador.
O que mais chama atenção no primeiro ato é o design de produção. A riqueza em cada detalhe do castelo enche os olhos do espectador. Como grande parte da trama se passa neste cenário, o castelo é um coadjuvante extremamente importante para retratar a época. O mesmo acontece com o figurino e maquiagem que acrescentam na caracterização dos personagens. Sarah sempre aparece com vestidos preto e branco para ressaltar a firmeza da protagonista. A Rainha Ana transborda riqueza e um certo exagero na maquiagem refletindo a instabilidade emocional da protagonista. Já Abigail apresenta nas vestimentas as duas faces da moeda.
Outro elemento narrativo que reforça a atmosfera extremamente autoral presente em cada cena é a força na direção de Yórgos Lánthimos. O incômodo é a assinatura do diretor e em A Favorita não seria diferente. Robbie Ryan e Yórgos dialigam perfeitamente para instigar o espectador e criam uma atmosfera incômoda entre os atos. A câmera olho de peixe retrata perfeitamente a instabilidade emocional e o jogo de poder do trio. O que também chama atenção no trabalho do diretor é como ele consegue extrair de cada ator interpretações provocativas e intensas. Resultado: Olivia, Rachel e Emma com indicações merecidas em várias premiações. Além da direção, a trilha sonora aponta momentos de desequilíbrio do trio. O elemento narrativo se faz presente de forma constante na trama.
Outro elemento narrativo que reforça a atmosfera extremamente autoral presente em cada cena é a força na direção de Yórgos Lánthimos. O incômodo é a assinatura do diretor e em A Favorita não seria diferente. Robbie Ryan e Yórgos dialigam perfeitamente para instigar o espectador e criam uma atmosfera incômoda entre os atos. A câmera olho de peixe retrata perfeitamente a instabilidade emocional e o jogo de poder do trio. O que também chama atenção no trabalho do diretor é como ele consegue extrair de cada ator interpretações provocativas e intensas. Resultado: Olivia, Rachel e Emma com indicações merecidas em várias premiações. Além da direção, a trilha sonora aponta momentos de desequilíbrio do trio. O elemento narrativo se faz presente de forma constante na trama.
Yórgos consegue interpretações intensas e um tanto quanto incômodas do trio de protagonistas. Olivia Colman é de um domínio estrondoso ao compor as camadas de uma Rainha debilitada fisicamente e emocionalmente instável. A inconstância na mesma cena é consequência do cuidado primoroso da atriz com a personagem. Rachel Weisz é a sabedoria e demonstra o equilíbrio e firmeza para Sarah. As falas da atriz são um soco no estômago do espectador. Emma Stone proporciona para Abigail um ar melancólico com toques cômicos. O equilíbrio entre as três personagens movem constantemente a trama.
Todos os elementos narrativos de A Favorita dialogam com o desequilíbrio emocional do trio de protagonistas. Yórgos envolve o espectador em uma atmosfera incômoda e intensa. A trama aborda o jogo de poder no século XVIII, onde a disputa pela atenção e prestígio ultrapassavam as barreiras da ética e moral. A Favorita é um filme que após o estranhamento ganha vida fora das telas no imaginário do espectador.
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