A dupla Tom
Hanks e Ron Howard começou uma parceria de sucesso em O
Código Da Vinci, adaptação do Best- seller mundial de Dan
Brown. Agora, retorna em mais um filme do professor de Simbologia Robert
Langdon, Inferno. Por se tratar de uma trilogia, até o momento foram
lançados O Código Da Vinci (2006) e Anos e Demônios (2009), Inferno (2016)
sofre do mal que podemos constatar com uma certa frequência: o terceiro longa é inferior.
A trama gira em torno de um bilionário que após
desenvolver um vírus acredita que ao exterminar metade da população mundial irá
salvá-la. O foco narrativo seria interessante se não fossem os intermináveis
flashbacks ao longo de todo o filme . Os protagonistas e coadjuvantes possuem este recurso principalmente, para focar os interesses amorosos. Dessa forma, a trama que tem
em seu primeiro ato uma força e desenvolvimento interessantes, não sustenta o suspense por muito tempo.
Como sempre acontece nos livros do autor, as
reviravoltas que prendem o leitor, infelizmente, não conseguem surtir o mesmo
efeito quando transportadas para a tela. Na trama, os personagens entram e a
tornam mais confusa. Alguns deles não acrescentam no ritmo do
filme, como no caso de Christophe Brude, interpretado pelo ótimo ator Omar
Sy. Totalmente desnecessário, ele somente aparece em cena para demonstrar seus interesses
em comercializar o vírus e prolongar ainda mais um filme que poderia
consideravelmente ser mais enxuto. O oposto acontece com Harry Sims, vivido
por Irrfan Khan. Um personagem dúbio que consegue em vários momentos
atrair o espectador que neste momento já perdeu
totalmente o rumo e não sabe mais em que história focar. A surpresa fica por conta de Ben Foster ao entregar para o público um vilão com expressões contidas e somente no olhar vazio consegue transparecer os problemas Zobrist.
Tom Hanks é
obviamente o destaque do elenco, o mesmo não se pode dizer de Felicity Jones.
A atriz nos apresenta Sienna que fica um longo tempo auxiliando o
protagonista a desvendar um anagrama, elemento presente nos filmes anteriores. A dupla não
possui química e o filme ganha um ritmo extremamente lento que beira o sono do
espectador. A medida que os personagens desvendam as chaves do mistério, o
público desperta do sono profundo e não consegue acompanhar o desenvolvimento
da narrativa. O suspense proposto torna-se previsível em vários
momentos e enfraquece a trama, resultado de inúmeros flashbacks.
Com temas extremamente atuais: um lunático com pretensões drásticas que acredita piamente possuir a salvação da humanidade e a ganância do ser humano poderiam render um terceiro filme interessante. Definitivamente, Inferno são os inúmeros flashbacks que deixam o espectador sem alternativas.
Com temas extremamente atuais: um lunático com pretensões drásticas que acredita piamente possuir a salvação da humanidade e a ganância do ser humano poderiam render um terceiro filme interessante. Definitivamente, Inferno são os inúmeros flashbacks que deixam o espectador sem alternativas.
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