Tempestade: Planeta em Fúria segue a cartilha dos filmes catástrofes. A temática central é atual: mudanças climáticas que podem atingir níveis globais irreversíveis e acabar com vários países. Tensão na Casa Branca. Temos também coadjuvantes de peso que dificilmente entendemos o motivo de estarem em um blockbuster. Talvez para pagar contas ou por transitar entre filmes independentes e comerciais. Andy Garcia é o presidente dos Estados Unidos (o ator tem feito várias pontas em filmes comerciais, inclusive algumas delas sem falas) e Ed Harris, o vice-presidente. Para protagonista, um ator cinquentão sumido dos holofotes, o escolhido é Gerard Butler. O personagem é o único que pode chefiar a equipe responsável para tentar evitar o desastre climático salvando vidas.
Seguindo a Cartilha, o próximo passo é intercalar os personagens que ficam em terra e interagir com os demais no espaço. A trama avança entre os dois núcleos, enquanto outras subtramas são desenvolvidas. Jake Lawson é divorciado e sempre procura dificultar suas relações pessoais e profissionais. O equívoco no roteiro de Dean Delvin é explorar várias subtramas. Além da tensão central, o protagonista lida com as dificuldades na relação com o irmão mais novo e a filha. Outra subtrama aparece para dar mais ritmo ao núcleo presidencial. O roteiro poderia centrar e desenvolver melhor os desdobramentos somente do desastre climático. Prolongar e não intensificar os demais personagens evoca a sensação no espectador de subtramas desnecessárias.
Os atores tentam fugir um pouco da cartilha proposta de filmes catástrofes, todos se esforçam dentro do possível, porém a previsibilidade do roteiro prejudica até a interpretação de atores do calibre de Ed Harris. A surpresa fica por conta da pequena Talita Bateman, filha de Gerard Butler. Uma pena que com tantas subtramas, a atriz tem pouco tempo em cena. O mesmo acontece com a tripulação espacial. Os atores ganham a tela, mas são ofuscados por tramas paralelas.
Os atores tentam fugir um pouco da cartilha proposta de filmes catástrofes, todos se esforçam dentro do possível, porém a previsibilidade do roteiro prejudica até a interpretação de atores do calibre de Ed Harris. A surpresa fica por conta da pequena Talita Bateman, filha de Gerard Butler. Uma pena que com tantas subtramas, a atriz tem pouco tempo em cena. O mesmo acontece com a tripulação espacial. Os atores ganham a tela, mas são ofuscados por tramas paralelas.
A mise-en-scène é prejudicada pelo 3D, os atores no primeiro ato estam posicionados de uma maneira específica para ressaltar o recurso, mas fica evidente que em momentos simples da trama a ausência da tecnologia proporcionaria o alívio para o espectador. Os efeitos especiais que são parte fundamental da cartilha deixam a desejar. O diretor Dean Delvin acelera os vários desfechos presentes nas subtramas e o espectador não fica interessado em acompanhar o clímax.
O filme consegue seguir a cartilha dos blockbusters voltados para desastres climáticos, mas peca pelo excesso de subtramas desnecessárias. Com muitos arcos de personagens para desenvolver, a edição ganha cortes rápidos proporcionando uma falsa impressão de desfecho para os núcleos propostos na trama. A previsibilidade dos acontecimentos não prejudicou o passo a passo da cartilha, o problema foram as folhas extras que Dean Delfin acrescentou na cartilha de Tempestade: Planeta em Fúria.
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