A história gira em torno de Ratchet, um alienígena que possui
conhecimentos de mecânica e habilidades com armas. Ele almeja o sonho de
pertencer ao grupo de super-heróis, Galactic Rangers, e assim, combater o vilão
Chairman Drek. Enquanto trabalha concertando naves, ele conhece o robô Clank.
Ratchet realiza alguns ajustes para dar vida ao novo companheiro de aventuras.
Não demora muito para que os laços fiquem mais fortes e nasce uma bonita
amizade.
Cada personagem do grupo de heróis possui personalidades fortes e
habilidades necessárias para combater o temido vilão, o grande problema é a
falta de ritmo da animação ao longo da trama. A partir do momento em que o
protagonista consegue pertencer ao grupo, não conseguimos nos familiarizar com
todos os personagens. O foco fica somente em Capitão Qwark e os demais heróis
não são desenvolvidos o suficiente e como consequência temos o grupo com peças
soltas na história. Os diretores optaram por somente mencioná-los em alguns
momentos, na batalha final, onde cada característica é precisa para vencer o
vilão. Não há tempo para explorar os poderes dos heróis e o espectador fica com
a sensação de vazio querendo saber mais sobre cada um.
O diferencial de Heróis da Galáxia: Ratchet e
Clank é não ter receio em prestar homenagens ao longo do filme. Quando o tigre
e o robô apertam as mãos em um gesto para selar a amizade de ambos, a
referencia ao filme Wall E se faz presente. Capitão Qwark é o estereótipo do
herói com traços bem próximos de o senhor incrível (Os Incríveis) e Metro Man
(Megamente). A jornada dos heróis possui claras referencias ao universo de Star
Wars, seja na forma da edição com a tela preta, ou pelas lutas travadas dentro
das naves. A forma como a mídia é retratada em torno do personagem de Qwark
também é relevante e bem próxima da atualidade. A vaidade do herói pode ser
facilmente transportada para uma sub celebridade que acabou de sair de um
reality show e percebe que está perdendo a fama e faz de tudo para permanecer
em destaque. A animação consegue entreter mas se perde no caminho com um
roteiro previsível e uma trama que não explora o potencial existente em cada
personagem.
Comentários
Considerando-os o filme deve ser bem atrativo na maior parte do tempo, mas ainda assim com alguns problemas de ritmo que pode tirá-los do fascínio pela telona em alguns instantes.
Os personagens tem potencial para serem carismáticos, mas falta um certo fôlego. Não é a pior animação do ano (vide No Mundo da Lua), mas sequer ficará no top 10 de 2016