Mas se tudo está no lugar certo, o que poderia dar errado? A opção
do diretor em seguir padrões. Todos os personagens ganham um tom já mostrado em
diversos filmes do gênero. Um juiz que em um primeiro momento permanece
relutante em escutar os demais, o policial que tenta agir com perspicácia e
sabe onde quer chegar e a procuradora firme em suas decisões. Tudo se encaixa
no bom e velho filme policial. Com o decorrer da trama, o espectador já perdeu
o devido interesse na história retratada, pelo fato de já ter visto a temática
diversas vezes. O olhar divergente citado anteriormente não desperta a
curiosidade do público, a consequência é afasta-lo cada vez mais da trama.
O roteiro é arrastado e repetitivo em diversos momentos o que
torna o enredo cansativo. Não existe ritmo nas cenas e principalmente permanece
um intenso vazio entre os diálogos, causando um desconforto constante entre
todos os personagens da história. A sensação que se tem entre um vazio e
outro é o ator transmitir com o olhar para o seu parceiro de cena:
"Ok, estou esperando sua fala. Não demore uma eternidade". O silêncio
é necessário em determinados casos mas aqui só prejudicou ainda mais o
andamento da trama. O que resta ao espectador ? Tentar acompanhar e encontrar
algo que desperte seu interesse, talvez esse aspecto seja o tom leve e cômico
gerado pelo personagem interpretado por Gustavo Nader.
O gênero policial necessita estabelecer uma conexão imediata com o
espectador para que esse acompanhe a trama. Em Nome da Lei consegue seguir os
padrões, mas o primordial torna-se secundário, o interesse do público é o que
menos importa. Infelizmente, neste caso, nem o imenso talento de Chico Dias
salva!!!
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