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Mostrando postagens de agosto 6, 2017

A intensidade da mise-en-scène (O Estranho que Nós Amamos)

O mais recente filme de Sofia Coppola insere o espectador em uma trama que no primeiro momento ganha tons de cotidiano e aos poucos a minuciosidade dos gestos e olhares envolvem a narrativa em um contexto complexo, um jogo mesclado pela inocência e sedução do elenco feminino. Nicole Kidman gerência um internato somente para mulheres, mas toda a rotina é modificada com a chegada de Colin Farell, um Cabo ferido em combate. A trama explora a estranha presença do protagonista e as consequências que a figura masculina representa para as mulheres. Interessante perceber o trabalho enriquecedor de Sofia Coppola ao compor a mise-en-scène da narrativa. O cuidado ao estabelecer a posição dos atores em cena engrandece o filme. O jogo entre as atrizes, particularmente nos momentos em que todos os personagens estão em cena jantando, a tensão entre Martha e Edwina, ambas frente a frente, nos transmite a sensação de tensão gradativa. A diretora explora os principais personagens com takes cont

Uma narrativa interminável (Valerian e a Cidade dos Mil Planetas)

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas tem a direção de Luc Besson principalmente pela característica marcante voltada para o aspecto visual. O Quinto Elemento e Lucy são exemplos onde esse elemento narrativo tornou-se parte imprescindível para o envolvimento do espectador nas devidas tramas. O primeiro ato nos ambienta entre os variados povos e a convivência pacífica com os humanos. Valerian e Laureline são agentes federais (entre um ato e outro, o público é constantemente lembrado desse aspecto, mas logo chegaremos ao roteiro que gira em ciclos) que lutam para defender a terra.  O mais interessante de Valerian é a ambientação dos planetas e povos. Ao longo do filme, o espectador pode observar influências visuais das sagas Star Wars e Star Treck. Temos também um vislumbre de Blade Runner e 2001: Uma Odisséia no Espaço (a abertura tem uma inspiração forte no Clássico). As referências são o ponto forte da trama. Por falar em viagens interplanetárias, vale voltarmos um pouquinh