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Mostrando postagens de dezembro 30, 2018

Somos um personagem de Black Mirror? (Black Mirror: Bandersnatch)

A Netflix domina o mercado de streaming, pelo menos até a Disney lançar o próprio serviço ainda em 2019. Analisando a concorrência de mercado e vendo sua liderança ameaçada, a Netflix precisa inovar para não perder assinantes. Teremos uma briga interessante nos próximos anos. Visando a inovação o serviço lança no catálogo uma novidade: Bandersnatch, um filme interativo onde o espectador decide os rumos da trama. Na trama, Stefan é um jovem introspectivo que cria um jogo como base principal a interação dos jogadores. Podemos observar a questão da metalinguagem permeando todo o filme. Stefan tem como inspiração o livro Bandersnatch que também provoca a interação com o leitor. Ao ser contratado pela empresa que financia a produção dos jogos, o protagonista tem apenas quatro meses para finalizar o projeto. Nesse período, o espectador decide as mais variadas opções para conduzir a trama.  O primeiro ato consiste em opções simples como escolher entre dois cereais e a trilha que o pro

O foco é o ser humano (A noite devorou o mundo)

Será que não vivemos em um mundo repleto de tecnologia e solidão? O que o ser humano faria se não existisse mais o contato virtual? Já não estamos vivendo a completa Era da solidão? O filme de estreia do diretor Dominique Rocher (II) coloca o protagonista em uma situação de total isolamento onde a única companhia é a solidão. Sam é um dos poucos sobreviventes de um apocalipse zumbi. Sam precisa lidar com a falta de suprimentos e energia. Suportar o frio e o ausência de contato físico. O protagonista encontra em Alfred o consolo para os dias mais pesados. Alfred é a companhia que o conforta, mas Alfred é um zumbi preso por segurança no elevador do prédio. O único contato é o zumbi que transborda afeto no silêncio. E assim os atos permeiam a trama também assinada pelo diretor. Anders Danielsenlie é a escolha acertada para um filme que exige ao máximo da atuação para envolver o espectador. O ator passa boa parte da trama sozinho e precisa transmitir os mais variados sentimentos na m