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Mostrando postagens de junho 18, 2017

Um filme sensorial (Ao Cair da Noite)

A narrativa de Ao Cair da Noite envolve o espectador como um todo, mas dois elementos se encaixam como uma luva dentro da trama: a direção segura de Trey Edward Shults e a atmosfera gerada para causar tensão no público. Elas duelam com os demais elementos e em vários momentos são as protagonistas. O roteiro não explora muito sobre a família do protetor Paul. Sabemos somente que eles vivem isolados e evitam contato com outras pessoas para não serem contaminados. Após a perda de um ente querido, a vigilância torna-se mais rigorosa. Um estranho invade a casa e Paul o questiona sobre suas motivações. Ambos são movidos por uma força maior: proteger os que mais amam.  Com um jogo interessante de luz e sombra, reflexo do posicionamento dos atores na mise-en-scène, closes ao focar a tensão na interpretação de cada membro das duas famílias e os ângulos diferenciados com que Trey explora o cenário fazem a trama ganhar corpo no decorrer dos atos. O espectador imediatamente é mergulhado n