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Mostrando postagens de outubro 16, 2016

Um filme com potencial que esbarra em clichês (O Contador)

Aos poucos e com muita persistência   Ben Affleck  retomou sua carreira em Hollywood como premiado diretor. A volta para os holofotes lhe rendeu também papeis na atuação. É o caso de   O Contador, onde o ator vive um personagem com Síndrome de Asperger, uma doença de sintomas mais brandos relacionados ao Autismo. A medida que Christian se afasta do convívio social, ele se aproxima dos números. O protagonista mantém meramente por fachada um escritório de contabilidade, mas sua atenção está voltada para trabalhos mais perigosos envolvendo organizações criminosas. Logo no início somos apresentados a família do protagonista. Os pais procuram ajuda para tentar compreender o comportamento do filho. O pai reluta em começar o tratamento, pois o trabalho o faz permanecer pouco tempo na cidade, a família muda constantemente, o que dificulta ainda mais os laços sociais do menino. No decorrer do filme, com o recurso de flashbacks, o espectador tem contato com a infância conturbada do garoto

Um bela e intensa história de amor (O Último Tango)

Para um documentário despertar o interesse no espectador, a temática precisa ser explorada devidamente para o público se envolver cada vez mais pelo que é retratado na tela. E se os entrevistados forem cativantes o suficiente, o filme ganha uma perspectiva ainda maior. Em O Último Tango, esses aspectos são apresentados de forma interessante e diferenciada. O diretor German Kral percorre cinco décadas da dupla   María Nieves e Juan Carlos Copes . Parceiros no tango e na vida, Kral mostra o casal para o público de uma forma distinta: convida atores jovens para encenar e pesquisar mais sobre a vida dos protagonistas em forma de entrevistas. María conta o começo da vida sofrida com a mãe e quando o despertar pela dança se fez presente em uma brincadeira inocente com uma vassoura. Ela desejava ir aos bailes e em um desses momentos trocou olhares com o jovem rapaz que seria futuramente seu parceiro por várias décadas.   A protagonista ignorou prontamente o fato de Juan pisar nos pé

É necessário abraçar a proposta (Kóblic)

Ricardo Darín . Somente o nome do ator Argentino desperta o interesse do público sem ao menos saber a proposta do filme.   Kóblic explora ao máximo a persona do ator. A trama tem como pano de fundo uma temática densa, o período da Ditadura Militar, na década de 70. O filme proporciona uma experiência diferenciada para o espectador se ele compreender as pretensões da narrativa. Sebastián Borensztein   deixa os traumas deste período doloroso de lado e foca em uma trama simples e sem nenhuma pretensão de ir além do que realmente é proposto. O simplório ganha o espectador se este compreender a lentidão apresentada no filme. Darín   interpreta um ex- capitão das Forças Armadas, sua função é coordenar operações aéreas conhecidas como voos da morte. Ele era responsável por pilotar um avião com elementos tidos como subversivos e jogá-los ao mar. Só essa temática já seria suficiente, com um personagem extremamente rico em mãos , o diretor explora ao máximo o protagonista e consegue ir al